sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Esposas de PMs fazem protesto em frente ao 4° BPM

Uma decisão do Comandante do 4° Batalhão de Polícia Militar, Tenente Coronel Utinguaçú Rosado causou polêmica e descontentamento entre os Soldados da unidade. Para acomodar os cerca de oitenta novos alunos do Curso de Formação de Soldados PMs que se apresentarão dia 9 de Outubro, o Comandante decidiu desocupar um antigo alojamento onde os PMs veteranos guardavam seus fardamentos e materiais de serviço em armários.
A ordem foi cumprida na última segunda-feira, em uma formatura. Todos os armários foram desocupados e na quarta-feira passada foram retirados do alojamento, que passará por reformas com troca de vasos sanitários, pias, colocação de chuveiros e troca do piso.
A decisão do Comandante desagradou o efetivo, pois muitos chegavam à paisana no quartel para assumir o serviço e após soltarem, saiam à paisana procurando evitar a exposição do PM, bem como alguns saem do quartel e vão diretamente à Faculdade.
Em protesto, as esposas de PMs acompanhadas das lideranças da Associação de Cabos e soldados, montaram um acampamento ontem à tarde na frente da sede do Batalhão, porém em uma conversa com o Comandante a situação foi contornada.
Contudo, a falta de armários foi apenas o estopim de vários problemas enfrentados pelos policiais militares. A enfermaria não funciona 24 horas, não há creche para os filhos dos PMs e os salários são considerados os piores de toda a categoria no país.
- Vivemos em um nível de estresse horrível e que muitas vezes levamos para o nosso trabalho de policiamento, afirmou o presidente da Associação de Cabos e Soldados, João Domingues.
O Comandante do Batalhão afirma que assim que os novos alunos do curso de formação se apresentarem, será feito uma pesquisa para saber quantos deles moram em Pelotas e dependendo do resultado, um dos alojamentos poderá ser novamente ocupado pelos PMs veteranos.
Uma coisa é certa: é um paradigma a contrariedade do ser humano a novas idéias. Quem conhece o antigo alojamento sabe muito bem que aquilo alí muitas vezes estava em péssimas condições de higiene. Agora deve melhorar, esperamos.

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