quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Aumento de salário só pra quem ganha mais; Pra quem ganha menos, não

A aprovação das mudanças no plano de carreira do Tribunal de Contas, com aumentos que chegam a R$ 5 mil na gratificação de cerca de 700 servidores, acirrou os ânimos na Brigada Militar.
Do Soldado ao Coronel, ninguém admite que tenha sido aprovado aumento para o TCE, que concentra os mais altos salários do Estado, sem mexer na remuneração dos brigadianos. A revolta é maior porque as entidades que representam os brigadianos passaram seis meses discutindo mudanças no plano de carreira, em conjunto com técnicos da Secretaria da Fazenda, elaboraram um projeto e esperam que o Palácio Piratini o encaminhe para a Assembléia.
O projeto tem pontos com os quais o governo concorda, como o fim do estímulo à aposentadoria precoce e a ampliação das promoções por merecimento, em detrimento do tempo de serviço, mas esbarra no problema de sempre: a falta de dinheiro. O secretário do Planejamento, Mateus Bandeira, diz que o governo até gostaria de dar o que os brigadianos pedem, mas a proposta simplesmente não cabe no orçamento e implodiria o ajuste fiscal.
Na proposta apresentada ao governo, os policiais militares ficam com salários equivalentes aos civis, com os coronéis equiparados aos delegados de quarta classe. Para os soldados, o novo plano significaria dobrar o salário inicial, que hoje é de R$ 996,02, o mais baixo do Brasil.
Bandeira condenou o aumento para o Tribunal de Contas com a mesma veemência que critica a adoção do subsídio para procuradores e defensores públicos: De novo, está se aprovando aumento para quem ganha mais, enquanto somos obrigados a dizer não para professores e brigadianos porque os recursos são limitados.
Não serve o discurso da autonomia dos poderes, porque a origem dos recursos é uma só: o imposto. Os policiais militares planejam uma marcha, na próxima segunda-feira, do QG da Rua dos Andradas até a Praça da Matriz. Querem expressar seu descontentamento com o que consideram discriminação do governo. ALIÁS, os coronéis da Brigada Militar reclamam porque não receberam os reajustes da Lei Britto nem da matriz salarial, concedidos à base, e porque recentemente o governo deu aumento para os delegados de polícia e não contemplou os oficiais superiores.

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