sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Descontente com o Bolsa-Formação? Então conheça o Auxílio-Reclusão

Para quem está reclamando das dificuldades de ser beneficiado com o Bolsa Formação;
Para quem acha pouco o valor pago para os policiais (R$ 400,00);
Para quem não quer passar algum tempo em frente ao computador aprimorando seus conhecimentos;
Seus problemas acabaram!

O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto.

Para a concessão do benefício, é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:

- o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço;
- a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qualidade de segurado;
- o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:

PERÍODO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO TOMADO EM SEU VALOR MENSAL

De 1º/6/2003 a 31/4/2004 R$ 560,81 - Portaria nº 727, de 30/5/2003

De 1º/5/2004 a 30/4/2005 R$ 586,19 - Portaria nº 479, de 7/5/2004

De 1º/5/2005 a 31/3/2006 R$ 623,44 - Portaria nº 822, de 11/5/2005

De 1º/4/2006 a 31/3/2007 R$ 654,61 - Portaria nº 119, de 18/4/2006

De 1º/4/2007 a 29/2/2008 R$ 676,27 - Portaria nº 142, de 11/4/2007

De 1º/3/2008 a 31/1/2009 R$ 710,08 – Portaria nº 77, de 11/3/2008

A partir de 1º/2/2009 R$ 752,12 – Portaria nº 48, de 12/2/2009


Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.

Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente, sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado de recolhimento do segurado à prisão .

O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos:
- com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte;

- em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou cumprimento da pena em regime aberto;

- se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxílio-doença (os dependentes e o segurado poderão optar pelo benefício mais vantajoso, mediante declaração escrita de ambas as partes);

- ao dependente que perder a qualidade (ex.: filho ou irmão que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; cessação da invalidez, no caso de dependente inválido, etc);

- com o fim da invalidez ou morte do dependente.

Caso o segurado recluso exerça atividade remunerada como contribuinte individual ou facultativo, tal fato não impedirá o recebimento de auxílio-reclusão por seus dependentes.

Isso tudo é verdade!!! Quer conferir? Então acesse o site do Ministério da Previdência http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22


MORAL DA HISTÓRIA: Até preso ganha mais do que nós!

Brigada Militar ameaça Governo do Estado com Greve

Bastou  o Governo do Estado mandar os projetos de reajuste salarial à Assembleia Legislativa, para categorias com os salários mais baixos no Executivo retomarem a ofensiva contra o Palácio Piratini. Um dos segmentos, que intensificou o barulho e preocupa a governadora Yeda Crusius, é a Brigada Militar.



Se Yeda não apresentar um projeto de reajuste salarial até o final da semana, líderes dos brigadianos ameaçam organizar greve a partir da próxima semana. Mesmo que esse movimento seja proibido na BM, a avaliação é de que há precedentes na Bahia, Minas Gerais, Alagoas, Santa Catarina e no Rio, justificados pela situação crítica da corporação.


– A situação salarial é grave e pode nos levar a isso. Vamos nos mobilizar fortemente. Sempre há prejuízo (ao cidadão), mas temos a esperança de que o governo resolverá – relatou o coronel Jorge Luiz Prestes Braga, presidente da Associação dos Oficiais da BM.


À frente da Associação dos Servidores de Nível Médio da BM, o soldado Leonel Lucas reclama que os vencimentos são os menores do Brasil. Na quarta-feira, ele percorreu oito municípios para mobilizar colegas para eventual paralisação.


– Yeda prometeu dobrar o salário dos soldados e fica aumentando o dos que já ganham bem mais. É um deboche – explicou o soldado.

Os PMs reivindicam um realinhamento salarial que vai de 30% para os Coronéis até 100% para os Soldados. Um Soldado em início de carreira recebe o salário bruto de R$ 1.007,60 e com os descontos de IPE não chega nem a R$ 900,00. Outros setores da segurança também devem pressionar o Piratini.

Policiais Civis exigem um reajuste de no mínimo 24% no salário básico para o policial em início de carreira, aposentadoria especial, reestruturação de cargos e o cumprimento das promoções nas datas-base. A categoria também sinaliza com possibilidade de paralisação.

Magistério e Técnicos-Científicos também exigem aumento. O chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, receberá técnicos-científicos para discutir o assunto no dia 4 de Novembro.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nota Pública à sociedade gaúcha





As entidades de classe da BM, ASSTBM (Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da BM) e a ABAMF (Associação dos Servidores de Nível Médio da BM), informam a sociedade gaúcha que os integrantes da Corporação, (Soldados, Sargentos, Tenentes e Capitães) não aceitarão passivamente qualquer tentativa do Governo do Estado em retirar direitos dos militares estaduais já consagrados em leis e na própria constituição.


A política do Governo Estadual para a Brigada Militar é tentar impor prejuízos enormes aos brigadianos, aumentando o estado de penúria da Família Brigadiana. Exemplos disso é o excesso de marketing político em cima dos servidores da Corporação como o da inclusão de novos Soldados, que sequer na sua maioria tem local para alimentação, sem alojamentos, sem fardamento e mesmo sem um simples armário para guardar seus próprios pertences, bem como, as promoções, onde servidores foram obrigados a comparecerem em uma formatura pelo Comando da Corporação, a fim de prestigiar a Governadora, sendo que a verdade destas promoções é que são leis e estavam atrasadas e, portanto, causando prejuízos financeiros aos servidores militares.

O esgotamento dos servidores da BM com a política do atual Governo leva as entidades que congregam mais de 90% do efetivo total da Corporação a tomar atitudes fortes, uma delas foi traçada em uma reunião com servidores de diferentes postos e graduações (Soldados, Sargentos, Tenentes e Capitães) de varias regiões do Estado para traçar uma nova manifestação, com real possibilidade de junto com as entidades da Polícia Civil promover uma grande Assembleia Geral em conjunto para restituir dignidade aos homens e mulheres da Segurança Pública.

Alertamos a sociedade gaúcha que infelizmente as alternativas do diálogo e de alguma solução foram rompidas pelo Governo do Estado quando este ofereceu aos integrantes de Nível Médio da Brigada Militar índices ‘vergonhosos’ de 2,01% a 3,18% para o ano de 2010, valores estes, que não chegam a R$ 30,00 por um mês de trabalho, além de oferecer aos mais altos salários da Corporação índices diferenciados chegando a 19,90%. Não aceitaremos ‘migalhas’ e nem ‘diferenciação’ dentro da Corporação.

A sociedade, o nosso respeito e admiração, mas infelizmente a política do Governo atual para os integrantes da imensa maioria da BM nos leva a tomar atitudes extremas e urgentes em busca de dignidade aos trabalhadores(as) fardados.



ASSTBM - ABAMF

domingo, 25 de outubro de 2009

Tráfico de armas e descontrole de fronteiras

No fim de semana, o Rio de Janeiro foi palco de confrontos entre facções e a polícia que deixaram até agora 42 pessoas mortas. No domingo (18), quatro pessoas foram presas próximo ao Morro São João e armas e drogas foram apreendidas.

Na quarta-feira (21), um carregamento de armas foi apreendido no Mato Grosso com destino ao Rio de Janeiro. Eram cinco fuzis FAL calibre 7,62 de uso exclusivo das Forças Armadas e Polícia Militar.




Um fuzil como esse é capaz de acertar um alvo a 600 metros de distância e tem alto poder de destruição.

"Derruba helicóptero. Tem capacidade para causar algum estrago em veiculo blindado com perfuração de 6 mm, em blindagem", avalia o inspetor da PRF Douglas Brum.

Os policiais também acharam duas mil munições. O motorista foi preso em flagrante. Ele disse que saiu de Ji-Paraná, em Rondônia, andou mais de 1,5 mil quilômetros, a maior parte por estradas vicinais, para desviar dos postos de fiscalização da Polícia Rodoviária. Mas, na BR-070, já em Mato Grosso, foi obrigado a passar em frente à barreira.

Era uma caminhonete parecida com tantas outras que circulam na região. Mas ao fazer a fiscalização, o policial desconfiou de uma alteração na lataria do veículo. Pelo som, descobriu que havia algo errado.

O controle do tráfico de armas deve priorizar as malhas rodoviárias brasileiras, maximizando investimentos na área de inteligência, para que o Brasil possa cooperar com os órgãos de inteligência dos países vizinhos. Nos últimos quatro anos, a média de apreensão de armas ilegais de diversos calibres e tipos no Rio de Janeiro foi de 13 mil por ano. Desse total, cerca de 2% eram fuzis ou armas automáticas. Em Buenos Aires, na Argentina, foram apreendidas três mil armas em dois anos. Comparando-se o Rio de Janeiro dos anos 80, o volume de apreensões de armas cresceu dez vezes no mínimo.

De acordo com o pesquisador Pablo Dreyfus, o fator determinante desse aumento do tráfico ilegal de armas na capital fluminense ocorreu entre 1985 e 1986, com a entrada do tráfico de cocaína na cidade. “A entrada do tráfico de drogas aumentou a violência armada entre os homens jovens de 15 a 29 anos de idade. Tem um androcídio no Brasil. Tem homem jovem matando homem jovem, sobretudo homens jovens de setores de baixos recursos e pouco acesso à educação. Ou seja, jovens sem oportunidade no mercado legal, que são cooptados pelo negócio do narcotráfico.”

CPI do Tráfico de Armas: Revelações colocam instituições brasileiras na berlinda

O relatório parcial elaborado pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE) para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre organizações criminosas do tráfico de armas trouxe informações inéditas e reveladoras sobre os meandros do mercado nacional e fronteiriço de armas de fogo no Brasil. E colocam na berlinda instituições como o Exército e o Itamaraty.

O relatório foi feito a partir da análise de informações inéditas obtidas com o rastreamento de 10.549 armas, realizado pelos seus fabricantes Forjas Taurus S/A, Amadeo Rossi, Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), e de 8.422 armas rastreadas pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal. Ao mesmo tempo, foi realizado o levantamento do perfil (nacionalidade, tipo de arma, calibre e situação legal) de 146.663 armas apreendidas pelas polícias dos Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

Segundo a pesquisa “Brasil: as armas e as vítimas”, do Iser, circulam no Brasil mais de 17 milhões de armas de fogo - 90% delas em mãos civis. Desse montante, mais da metade são armas ilegais, das quais se calcula que 46% (quase quatro milhõe) estão nas mãos de criminosos.

Segundo o relatório de Jungmann, ao contrário do que se pensava, as armas dos bandidos vêm, sim, das lojas. “Pela análise dos rastreamentos realizados, constata-se que os maiores desvios de armas para o crime (68%) são realizados por lojas legalmente autorizadas a vender estes produtos, dentro da lei”, afirma o texto. "As armas dos homens de bem vão para os braços dos homens do mal", afirma o sub-relator acrescentando que "bandido também compra arma em loja porque não há controle".

A CPI também investigou para quem essas lojas venderam as armas: 74% das vendas foram feitas para pessoas físicas. Para Antônio Rangel Bandeira, coordenador do Projeto de Controle de Armas da ONG Viva Rio, existem algumas possibilidades. “As armas vendidas nas lojas vão para as mãos dos bandidos, os 'cidadãos de bem' não eram de bem, eram bandidos, ou foram roubados, ou venderam para bandidos”, explica. “Quando se quis proibir o comércio de armas para civis no referendo, era exatamente para acabar com a maior fonte de armas para o crime: armas vendidas no comércio legal”, ressalta.

Outra constatação foi a de boa parte das armas desviadas vêm das empresas de segurança privada e, o mais surpreendente, 18% das armas rastreadas pelas fábricas tinham sido vendidas para órgãos do Estado - 71% para as forças de segurança pública e 27% para as Forças Armadas. “Isto é, membros de organismos criados e financiados para proteger a sociedade são grandes fornecedores de armamento para aqueles que a agridem”, revela o documento. "Comprovou-se o que já se suspeitava: policiais corruptos vendem armas para o crime organizado no Brasil", afirma Rangel.

RJ: armas rastreadas do poder público segundo organização, 1998-2003. N=1.928





Mas as investigações revelaram também que entre as armas apreendidas pela polícia estavam armas que tinham sido compradas para membros do Exército que constituem uma das maiores fontes de desvio de armas. De acordo com Jungmann, este desvio acontece pela vigência de uma norma imposta na época do regime militar e que vem sendo renovada periodicamente.

“Por um regulamento absurdo da época da ditadura, esses militares podem comprar, a cada dois anos, três armas novas diretamente da fábrica a preço de custo. Em seis anos, acumulam 12 armas novas e baratas. Tem que acabar com esse privilégio”, destaca o deputado.

E ele vai mais longe. Em entrevista coletiva concedida à imprensa nesta segunda-feira (27), em Brasília, Jungmann, que foi vice-presidente da Frente Brasil sem Armas que defendeu o “sim” no referendo, afirma que o mercado legal de armas abastece o ilegal por absoluta falta de controle das autoridades e que o Estatuto do Desarmamento não está sendo aplicado.

“No que foi aplicado, melhorou. A campanha de desarmamento e a proibição do porte de armas, sozinhas, baixaram o número de mortos em 8%, salvando mais de três mil vidas, a primeira redução nos últimos 13 anos”, constata. O deputado se refere aos dados apresentados em levantamento realizado em 2004 pelo Ministério da Saúde e reforçados pela Unesco na pesquisa “Vidas poupadas”.

A Comissão comprovou também que 14% das armas brasileiras apreendidas pela polícia no Brasil tinham sido previamente exportadas para o Paraguai, e daí voltaram para o crime organizado no Rio de Janeiro. Contrariando a lei que entrou em vigor em 2003, o governo não exige mais a marcação das armas exportadas com o nome do comprador. O objetivo desta medida era facilitar o rastreamento dessas armas exportadas quando desviadas.

Outra medida que remonta aos tempos do regime militar é um dispositivo chamado de “decreto secreto” que, impede a fiscalização das exportações de armas e munição pelos órgãos federais credenciados e proíbe aqueles que tomam conhecimento dessas informações de prestarem esclarecimentos a respeito. "O Brasil considera que as informações sobre exportações de armas são estratégicas e, portanto, sigilosas", explicou Jungmann.

Com relação ao perfil das armas, a análise das informações correspondentes às quase 150 mil armas apreendidas em São Paulo e Rio de Janeiro e Distrito Federal, revelam que os criminosos usam armas de fabricação nacional, de preferência revólveres calibre .38, e que um percentual importante (37% no DF) são registradas, ou seja, foram compradas de forma legal. Das armas analisadas, 83% são de fabricação brasileira o que demonstra a importância decisiva de controlar os desvios de armas dentro do país.

RJ: armas rastreadas segundo espécie, 1998-2003. N=10.549




Segundo Antônio Rangel, isso acaba com o mito de que os bandidos usam armas estrangeiras. “Só os narcotraficantes do Rio usam armamento pesado. A maioria esmagadora das armas dos bandidos que nos assaltam na rua, ou em casa, é arma brasileira”, explica.

A CPI elaborou um mapa das principais rotas e canais por onde entram o armamento contrabandeado do exterior, ou de armas que são exportadas e retornam ao nosso território. O estudo revelou que a entrada das armas se dá por três rotas principais: armas vindas do Paraguai, passando pela Argentina e entrando pelo sul do Brasil; armas vindas da Europa pelo porto holandês de Roterdam, passando por Suriname, ex-colônia holandesa, e daí penetrando no Brasil; e armas vindas dos Estados Unidos, via Panamá e México.

Mapa do contrabando de armas





Finalmente, a CPI descobriu que a mais importante medida do Estatuto, a que cria o Sistema Nacional de Armas (Sinarm) e o integra ao Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), não avança devido à resistência de setores do Exército que se recusam a compartilhar informações sobre armas com a Polícia Federal. “Gastou-se milhões na adaptação dos dois bancos de dados, o Sigma, da DFPC, e o Sinarm, da Polícia Federal, mas interesses inconfessáveis bloqueiam a sua interligação, impedindo que todas as armas apreendidas na ilegalidade sejam rastreadas”, afirma o texto do relatório.

“Sem boa informação não há controle possível. Por isso não se faz rastreamento no Brasil, e sem rastreamento não se chega aos bandidos. O trabalho feito pela CPI e pelo Viva Rio demonstrou que é possível rastrear grande número de armas e chegar aos grandes canais de desvio de armas para o crime”, avalia Rangel.

Propostas serão votadas dia 29

O relatório propõe soluções para cada um dos problemas detectados. Entre as propostas estão a transferência da fiscalização do comércio de armas, munições e explosivos para a Polícia Federal; a flexibilização do texto constitucional permitindo que os estados estruturem suas polícias; a realização de campanhas de entrega voluntária de armas uma vez por ano; a manutenção da portaria que estabelece a alíquota de 150% para as exportações de armas para os países da América Latina e Caribe; a criação, pela Câmara Federal, de uma Sub-Comissão Permanente sobre Armas e Munições, com a missão de fiscalizar e autorizar o comércio externo de armas; e um projeto de lei estabelecendo uma faixa cem quilômetros, a partir das fronteiras do Brasil com seus países vizinhos do Mercosul, de ambos os lados, em que se proíba o comércio de armas e munições.


“O importante é entender que o rastreamento é o caminho para se desbaratar o crime organizado, e não apenas para desarmá-lo, para se descobrir os focos de cumplicidade instalados em organismos do Estado, para se revelar os descaminhos percorridos pelas armas e munições depois que saem das fábricas brasileiras, até chegarem às mãos dos criminosos”, finaliza o texto de Jungmann.

sábado, 24 de outubro de 2009

Policial militar mata a ex-mulher em Sumaré (SP)

Um soldado da Polícia Militar de Sumaré (a 118 km de São Paulo) matou a ex-mulher a tiros e depois se suicidou nesta sexta-feira (23). O crime ocorreu em frente ao 48º Batalhão de Polícia Militar do Interior, em Sumaré.

De acordo com nota oficial divulgada pela Polícia Militar, por volta das 15h30, a mulher solicitou na portaria do Batalhão --onde o soldado trabalhava-- a presença do ex-marido. Eles teriam ficado conversando tranquilamente na calçada por cerca de cinco minutos.

Segundo a nota, inesperadamente a mulher começou a gesticular em frente ao policial, que sacou a pistola calibre ponto quarenta e atirou contra ela. Ela foi atingida na barriga e nas costas. Momentos depois, o policial atirou contra a própria cabeça.

Os dois foram socorridos para o hospital Estadual de Sumaré, mas não resistiram aos ferimentos.

O soldado ingressou na PM em março de 2002 e, desde maio de 2009, trabalhava como sentinela na guarda do quartel por estar respondendo a Processo Administrativo Demissório.

A PM informou ainda que, em 2007, o policial havia procurado o programa de assistência psicológica da corporação, onde foi atendido e liberado por ter sido considerado apto ao serviço policial. Segundo a PM, depois dessa data o policial não voltou a procurar atendimento psicológico.


Relacionamento

 
A nota oficial informa que, segundo parentes da vítima, ela e o policial se relacionavam havia quatro anos e teriam se separado há cerca de dois meses. A ex-mulher já teria um novo relacionamento, fato que o policial não teria aceitado.

Ontem, segundo relato da irmã do policial à PM, ele teria ligado para a família e mencionado que pretendia cometer suicídio. A irmã ligou então para a ex- mulher do soldado e pediu que ela conversasse com ele, na tentativa de demovê-lo da idéia.

No entanto, por volta de meio-dia de ontem,o policial enviou para a irmã informações de sua conta bancária e senha, reforçando a intenção de se suicidar.

A PM instaurou um Inquérito Policial Militar e Sindicância para apuração dos fatos. O caso também foi registrado pela Delegacia de Polícia de Sumaré.

Patrulha criada para combater abigeato mostra resultados positivos


Há pouco mais de um mês foi reativada a Patrulha de Prevenção e Combate ao Abigeato - PPCA - e suas ações já mostram resultados bem significativos. Composta por seis Policiais Militares, entre eles um Sargento e cinco Soldados com experiência em operações desta natureza, a patrulha chega a permanecer por até 48 horas ininterruptas em patrulhamento no Canal São Gonçalo, desde a Lagoa Mirim até a Lagoa dos Patos, abrangendo os municípios de Capão do Leão, Pelotas e Rio Grande.

Fortemente armados, os PMs contam com uma lancha de transporte, o BAFAFÁ III equipada com rádio para contato com outras embarcações e outro rádio UHF em contato permanente com a sala de operações do 4° BPM, além de outra lancha rápida sempre rebocada nas operações para deslocamentos e desembarque onde a lancha maior não pode atracar.

Os resultados alcançados pela patrulha no último mês comprovam sua necessidade e eficiência, tendo em vista que houve uma grande queda no número de ocorrências de furto/roubo de gado desde a sua reativação. Conforme o Comandante da 3ª Companhia, Capitão Vasconcelos, de acordo com levantamento feito com os pecuaristas, antes da implantação da PPCA eram furtadas em média vinte cabeças de gado por semana. Agora, com o patrulhamento foram registrados apenas dois casos desde o dia 21 de setembro.

E isto ainda é apenas o começo. "Ainda trabalhamos para conhecer a região", afirmou o Oficial. A patrulha ainda está visitando os pecuaristas, mapeando a área e cadastrando todos os rondas das propriedades, os chamados "posteros", procurando descobrir se possuem antecedentes policiais e/ou judiciais.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Proposta de Unificação das Polícias é analisada na Câmara dos Deputados

Atualmente, 185 propostas relacionadas ao combate à violência tramitam na Câmara dos Deputados, segundo levantamento da Secretaria-Geral da Mesa. Uma das mais polêmicas e importantes, na visão dos parlamentares, é a que unifica o comando, a formação e o banco de dados das polícias civil e militar.

De autoria do deputado Alberto Fraga (PMDB-DF), relator da comissão especial criada para analisar a proposta, o substitutivo à PEC 151/95 estabelece destinação orçamentária fixa para a área de segurança, cria conselhos externos para fiscalizar as ações das polícias e propõe, também, a criação de um ministério da segurança pública, que coordenaria todas as ações ligadas ao combate à violência.

O substitutivo já foi aprovado pela comissão especial e aguarda apenas a votação de cinco destaques. A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional já está analisando o Projeto de Lei Complementar 211/01, do deputado Rubens Furlan (PPS-SP), que institui um fundo de combate à violência na Região Sudeste. Também deve votar o Projeto de Lei 3.291/ 2000, do deputado De Velasco (PSL-SP), que determina que as academias de Aikidô, Jiu-Jítsu, Karatê, Kendô, Kung-Fu, Luta Livre e Tae kwon do registrem seus professores e alunos maiores de 16 anos junto ao órgão de segurança pública competente.

Sem registro, os praticantes ou professores não poderão freqüentar ou ministrar aulas. A restrição ao porte de armas, uma das medidas de combate à violência sugeridas ao presidente Fernando Henrique pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, após o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, também já vinha sendo discutida na Casa.

Está pronto para ser votado em plenário o Projeto de Lei 2.787/ 97, do deputado licenciado Eduardo Jorge (PT-SP), que restringe o porte de armas de fogo exclusivamente a policiais e militares. O substitutivo do deputado Luiz Antonio Fleury (PTBSP) aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Redação modifica a proposta original, estabelecendo algumas exceções.

Outra sugestão do governador de São Paulo - a realização de atos processuais dentro dos presídios - também já tramita na Câmara. O PL 1.233/99, do deputado Luiz Antonio Fleury, está pronto para ser votado na CCJR. De acordo com a proposta, o interrogatório e a audiência poderão ser feitos à distância, através de um canal reservado de comunicação entre o réu e seu defensor ou curador. A medida visa tornar mais ágil a tramitação dos processos judiciais , evitar a fuga de presos e diminuir os custos desses procedimentos.

Brigada Militar cria BOE na região metropolitana


Reunião dos Policiais Militares

Foto: Comando de Policiamento Metropolitano - BM

No último dia 29 de Setembro na sede do Comando de Policiamento Metropolitano em Canoas, o Comandante da nova unidade, Coronel Jorge Luis Agostini reuniu-se com o efetivo do Batalhão de Operações Especiais do CPM que atuará nos municípios da região metropolitana.
O BOE/CPM será constituído pelos sete Pelotões de Operações Especiais  integrantes do 15º, 17º, 18º, 24º, 26º, 33º e 34º Batalhões de Polícia Militar, totalizando assim, 90 policiais militares.
O BOE/CPM receberá treinamento específico quanto ao enfrentamento de ocorrências de maior gravidade, empregando técnicas especiais e de uso nas principais polícias do mundo, onde o princípio das ações será preservar a vida e cumprir a lei. O comando do Batalhão, através do BOE, tem como meta reduzir consideravelmente os principais índices de criminalidade, dentre eles, o tráfico e uso de drogas, o furto e roubo de veículos.



Fonte: PM5-Imprensa/BM

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Governo estuda mudar a lei antidrogas no país

Quando eu lí, quase não acreditei. Quanto mais a gente se esforça para combater essa praga que assola a todos nós, como sociedade e como policiais, mais esse desgoverno se esforça para ser bonzinho com traficantes.

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) aprofundará uma pesquisa sobre o perfil de presos de tráfico para propor mudanças na lei contra os entorpecentes no Brasil. O órgão, ligado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, ficou intrigado com a conclusão do levantamento: o estudo, feito no Rio, apontou que a prisão de pequenos traficantes não reduz o consumo de drogas.


A ampliação da pesquisa foi confirmada ontem pela secretária adjunta da Senad, Paulina Duarte, durante seminário sobre o tema na Câmara dos Deputados. De acordo com a pesquisa, pessoas que poderiam ser enquadradas como usuárias estão atualmente presas como traficantes. Ainda segundo a pesquisa, 50% dos presos no Rio e em Brasília estavam com até 104 gramas de maconha, quantidade que poderia levar ao enquadramento por posse e não tráfico.

Para a professora Luciana Boiteux, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, autora da pesquisa, o Brasil deveria seguir o exemplo de Portugal e descriminalizar o uso de drogas.

Claro! Vamos deixar a bangú, mesmo. Descriminalizar o uso seria entregar os pontos de vez para traficantes e assinar, o governo, seu atestado de incompetência!

Ela também defendeu penas alternativas para o pequeno traficante e a possibilidade de substituição de pena por medidas que incluam a qualificação profissional. “Uma nova política de drogas deve ser mais realista e menos penal”, observou.


Deputado sugere pena menor para pequenos traficantes

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), organizador do seminário, também defendeu a descriminalização do uso e do porte de drogas para consumo pessoal. Ele sugeriu ainda que o grande e o pequeno traficante sejam tratados de forma diferenciada, podendo o pequeno ter pena alternativa.

Na opinião do parlamentar, a dificuldade de inserção do preso no mercado de trabalho já é motivo para se evitar a prisão de pequenos traficantes. Ele informou que 20% dos presos condenados por crimes relacionados a drogas estavam com pequenas quantidades.

Mas será que esse deputado do PT acha mesmo que traficante que sai da cadeia quer trabalhar??? Então já nem seria traficante. E não interessa se estavam com pequenas quantidades...tráfico é tráfico e todo traficante está ligado ao crime organizado por manter vínculos com os grandes traficantes.


A pesquisa

O estudo analisou 391 sentenças entre outubro de 2006 e maio de 2008 de réus condenados por tráfico de drogas no Rio de Janeiro:

- 66,4% dos condenados eram réus primários
- Metade dos condenados por tráfico de cocaína levava até 21 gramas da droga

O governo pretende ainda, com as mudanças na lei, que essas pessoas, (os pequenos traficantes) sejam cooptados nos presídios por facções criminosas.

Mas aqui na rua, elas já não foram cooptadas pelos traficantes grandes para fazerem o pequeno varejo? E as facções criminosas não são sustentadas pelo tráfico?

Outro ponto da lei que o governo pretende mudar, é que o pequeno traficante possa aguardar o julgamento em liberdade, o que hoje não é permitido.

Legal! Enquanto aguarda o julgamento, o pequeno traficante volta lá pro ponto de drogas e continua "petequeando".


Fonte: Zero Hora

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O " nobre escritor" Marcos Rolim, mais uma vez desmerece o trabalho da BM em sua coluna


O Colunista está coberto de razão quanto a atitude dos Colegas da guarnição citada, com certeza não é um exemplo a ser seguido, atitude que envergonha aqueles que trabalham de forma correta. Mas isso não justifica generalizar e dizer que a Corporação não passa de um desperdício do dinheiro público. Esquece esse " Nobre Colunista" os milhares de atendimentos por todo esse estado, feitos de forma correta, esquece esse " Nobre Colunista" as milhares de pessoas que tiveram amparo pelas mãos da BM. Segue abaixo o construtivo texto do " Nobre Colunista " Marcos Rolim" OBS: Não é atoa que nunca mais se elegeu, como cidadão, nunca serviu a sociedade de bem.


Desacato ao cidadão, por Marcos Rolim

O 9º Batalhão da Brigada Militar tem pelo menos dois sargentos com pouco serviço. Na última segunda, às 11h30min, o repórter do Canal Rural, da RBS, Gustavo Bonato, 27 anos, fez o sinal para atravessar a rua na faixa de segurança, no centro de Porto Alegre. Os carros pararam, menos a viatura nº 6.427, onde estavam os sargentos Alex e Nilo, que se deslocava em baixa velocidade, sirene e giroflex desativados.

Obrigado a parar no meio da faixa de segurança, Gustavo disse ao motorista: “Policial deve dar o exemplo e parar na faixa”. A viatura, então, parou em fila dupla e Gustavo foi abordado: “O que tu disse (sic), magrão?”. “Disse que os policiais devem dar o exemplo”, respondeu o repórter.“Palhaço... viaturas têm preferência em atendimento à ocorrência”. “Se vocês estão atendendo a uma ocorrência, então estão perdendo tempo”, disse Gustavo. “Sim, estou perdendo tempo com um palhaço”, disse o sargento.

Aí Gustavo foi “convidado” a entrar na viatura para ir ao batalhão. No deslocamento, ao verem que a identidade do repórter era do Paraná, um dos policiais disse: “Esse deve ser um meliante do PR que veio aqui chineliá (sic) com a gente”. No batalhão, Gustavo foi revistado, mãos na parede etc. Meia hora depois, estava “liberado”.

Gustavo morou na Suíça, um lugar onde pedestres têm preferência e onde policiais prestam contas do que fazem. Nas horas vagas, os policiais suíços prendem cineastas acusados de estupro ou desmontam versões fantasiosas como a daquela brasileira que se autoflagelou. Na maior parte do tempo, como ocorre com as melhores polícias do mundo, atendem às demandas do público com respeito e extremo zelo. O fazem não apenas porque são mais educados, bem pagos e mais bem formados, mas porque sabem que uma polícia que não for admirada pela cidadania é uma instituição imprestável.

A arma mais importante de qualquer polícia é a informação, e o povo é a fonte onde se deve buscá-la. Se a população admira sua polícia, presta informações. Quando teme sua polícia e desconfia dela, se cala. Em 1829, Sir Robert Peel, o fundador da polícia londrina, formulou os nove princípios que, desde então, orientam o policiamento britânico. O mais conhecido deles assinala: “A polícia deve manter o relacionamento com o público que assegure realidade à histórica tradição pela qual a polícia é o público e o público é a polícia”. Na Inglaterra, certa feita, minha filha mais velha se envolveu em um acidente com sua bicicleta. O erro foi dela e o motorista se comportou corretamente, chamando a ambulância. No fim das contas, sobraram apenas alguns arranhões e o susto. No dia seguinte, dois policiais estiveram em minha casa. Abri a porta, apreensivo, imaginando algum tipo de problema. Eles haviam sido informados do acidente e perguntaram por minha filha. “Ela está bem?”. “Sim, respondi, está tudo bem”. “Que bom”, disseram, “somos os policiais deste bairro; se precisar, o senhor pode nos chamar por este número”, me passaram o celular e me desejaram bom dia.

A autoridade das polícias britânicas se formou assim e assim é mantida. Policiais são servidores do povo. Informam a população, pedem desculpas quando erram, pedem “por favor”, auxiliam as vítimas. Uma polícia incapaz disto é, na melhor das hipóteses, um desperdício e, na pior, uma ameaça. O que ocorreu com Gustavo Bonato não é um caso isolado, é a regra. Se fosse em uma vila, teria sido muito pior. E se calarmos diante de coisas assim, então tudo será sempre.
marcos@rolim.com.br


RESPOSTA POR UM COLEGA
Face a sua Nobre Coluna, publicada na Seção de Artigos, do Jornal Zero Hora de hoje (11Out09), gostaria de lembrar ao Nobre Representante do Partido dos Trabalhadores que foi no governo das esquerdas que iniciou o dilapidar da hierarquia. Lembrando que no Governo do Doutor Olívio, soldado transferia capitão; foram tiradas fotos de um PM homossexual pulando uma sarjeta; quando queimaram o relógio dos 500 anos.

Ali começou a desmoralização da tropa e por conseguinte dos superiores que não mais podiam dar ordens para seus subordinados, pois simplesmente eram ignoradas, com ameaças veladas de levar ao conhecimento do Deputado Gomes os "abusos" por parte dos superiores, quando não aparecia um barbudinho para ir para a televisão defender os pseudos direitos das menos favorecidos, numa ingerência direta a hierarquia e a ordem, tudo em nome do proletariado.

A atitude dessa dupla de PM simplesmente fizeram o que os senhores faziam que era desrespeitar as instituições, levando o caos e a desordem, principalmente dentro dos quartéis. Onde o sargento tinha que pedir favor ao soldado para pagar uma missão, que nunca era cumprida e que ficava por isso mesmo, épocas de abertura política. Mas com certeza, hoje isso não mais interesssa, agora começam a apertar a cincha, pois todos já estão no governo e as prioridades agora são outras.
Att Antonio Kerchiner.
Guaíba/RS.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Flagrante da queda do helicóptero da PM em chamas

O vídeo acima mostra o exato momento em que o helicóptero da PM carioca é atingido por disparos e começa a cair em chamas. Não é possível ver que tipo de arma foi usada nesse ataque, mas pelo som dos disparos, pouco antes, presume-se que seja uma metralhadora calibre .50.

Carta de um Policial para um Bandido

Hoje eu recebí um e-mail de um colega e achei muito interessante. O texto se reveste de muita verdade e lucidez. Acompanhe abaixo:

Senhor Bandido.



Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos.

Durante vinte e quatro anos de atividade policial, tenho acompanhado suas "conquistas" quanto à preservação de seus direitos, pois os cidadãos, e especialmente nós policiais, estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, quanto mais direito você adquire, maior é nossa obrigação de lhe dar segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas vezes você não dar esse direito às suas vítimas.

Todavia, não cabe a mim contrariar a lei, pois me ensinaram que o Direito Penal é a ciência que protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador, e assim por diante.

Questiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia; hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é encontrada na arma de um policial ou pelo menos a arma dele é a primeira a ser suspeita.

Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não possuímos dependências dignas para você se ressocializar. Porém, quero que saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com dignidade.

Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam qualquer grevista envergonhado.

Presença de advogados, imprensa, colete à prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-lo.

Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa obrigação também aumentará.

Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial.

Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um membro do Ministério Público e outro da Ordem dos Advogados do Brasil, não seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus direitos.


Autor:

Wilson Ronaldo Monteiro

Delegado da Polícia Civil do Pará



Enviado por:

Abelardo Gomes da Silva Júnior

Assoc. dos Militares Bachareis em Direito

Diretor Presidente

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Brigada Militar prende foragido portando arma de calibre restrito


Policiais Militares da Força de Emprego Tático - FET - com o apoio dos colegas do FAT e do serviço de inteligência prenderam na tarde de hoje um indivíduo foragido da justiça e que portava uma pistola calibre 9 mm com numeração raspada.
A sala de operações do 4° BPM recebeu um telefonema anônimo por volta de 17h30min denunciando que um foragido da justiça estava aterrorizando os moradores da área do pântano, próximo ao início da Rua General Osório, portando uma arma de fogo em via pública, ameaçando vizinhos e praticando roubos nas imediações.
Uma viatura do FET foi despachada ao local juntamente com outra do FAT e do P2, quando lograram êxito em encontrar o indivíduo na rua e este ao perceber a chegada das viaturas, tentou empreender fuga para dentro de um pátio, sendo perseguido e dominado.
Ao ser abordado, o foragido identificado por Luis Augusto Soares da Rosa, 27 anos, reagiu violentamente à prisão e entrou em luta corporal com os PMs, que precisaram fazer força para dominá-lo. Durante a revista foi encontrada uma pistola 9 mm municiada com dez cartuchos.
No percurso para a DPPA o preso ainda confessou ser autor de um roubo ocorrido contra o comércio na noite da última sexta-feira, na Rua Três de Maio. As vítimas desse roubo foram levadas até a DPPA e reconheceram o preso como sendo realmente um dos dois indivíduos que praticaram o roubo contra seu comércio.
Após o registro Luis Augusto, conhecido pela alcunha de "guga" foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma e encaminhado ao presídio regional de Pelotas. Ainda vai responder por roubo ao comércio.

domingo, 18 de outubro de 2009

A propósito...

Alguém viu o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, fazendo publicamente na televisão alguma declaração sobre este lamentável episódio no Rio?...Não?...Pois é, nem eu...
Na hora do "pega pra capar" ele se esconde e joga a bomba no colo dos ministros...

Violência Urbana X Guerra Urbana


Helicoptero da PM é derrubado por traficantes. Igualzinho ao que ocorre numa guerra convencional.

O que tem acontecido na cidade do Rio de Janeiro não se pode classificar como simplesmente violência urbana. Pois isto acontece em qualquer lugar do Brasil, sem falar no mundo inteiro. Na violência urbana estão todos os tipos de homicídios praticados com armas de fogo ou armas brancas, os crimes de trânsito, roubos, seqüestros, furtos, entre tantos outros.

No Rio não é apenas isto... No Rio é guerra urbana mesmo. A Polícia Militar do Rio de Janeiro e a própria comunidade local estão em guerra declarada pelos bem organizados e bem armados bandos que controlam o tráfico de drogas nos morros cariocas. E a sorte parece que não está ao nosso lado.




Traficantes queimam veículos na zona norte do Rio e derrubam helicóptero da Polícia Militar; dois policiais militares morreram

Em que outro lugar do mundo bandos armados usando armas de guerra derrubam um helicóptero seja da polícia ou das forças armadas? O que aconteceu ontem nos remete diretamente a países do oriente médio que têm áreas conflagradas como a Faixa de Gaza, Iraque ou Afeganistão, onde situações como esta já fazem parte do quase cotidiano.

A guerra urbana declarada e instaurada no Rio é uma evolução da violência urbana que sempre existiu. Sabemos que não é de hoje que existe o tráfico de drogas nos morros cariocas, mas o panorama atual é resultado de um total descaso nas políticas de segurança pública, tanto por parte do governo federal que não se preocupa nem um pouco com controle de fronteiras, como pelos sucessivos desgovernantes cariocas que sempre fizeram de conta que não enxergam a evolução da violência deixando de investir como deveriam na área de segurança.

O Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame classificou o ataque que derrubou o helicóptero da PM “como um ato desesperado do tráfico em busca de espaço”. Agora eu pergunto: A quem esse secretário quer enganar? Traficante desesperado agora derruba helicóptero da polícia? Isso é uma declaração típica de quem já não tem mais o que dizer à sociedade carioca. Desesperados na verdade estão esse secretário da segurança que atestou a própria incompetência para o cargo, tanto pelo que diz como pelo que deixou de fazer até agora, além dos familiares dos PMs mortos na queda da aeronave.

Orgulho político também prejudica a comunidade. Após os confrontos, o ministro da Justiça, Tarso Genro, conversou com o governador do Rio, Sérgio Cabral e ofereceu a ajuda da Força Nacional para controlar a ação dos traficantes, mas, segundo o ministro, o governador recusou a ajuda. De acordo com o ministro, Cabral disse que a Polícia Militar e a Polícia Civil têm equipamentos e condições suficientes para continuar o seu trabalho, cujo sucesso não depende de mais pessoal nem de mais armamentos, mas da continuidade das ações preventivas para o enfrentamento do crime. ORGULHO POLÍTICO X AZAR DO POVO!




Daqui a cinco anos, o Rio será uma das doze cidades-sede da Copa do Mundo. O que vai acontecer até lá? Nossos governantes já provaram que não tem competência e nem vontade política para mudar esse cenário. O que farão? Vão adotar em cinco anos medidas que nunca adotaram e que de fato vão acabar com esse tormento ou farão um acordo com o tráfico do tipo: Vocês (traficantes) não incomodam a gente só durante a Copa e nós não perturbamos vocês com ocupações da polícia. Depois disso a gente vê. Eu não duvidaria nada. E depois disso ainda vem as Olimpíadas de 2016 no Rio.

A imagem do Rio ficou abalada para nós brasileiros e perante a comunidade internacional. Pesadas críticas, principalmente dos países que se colocaram como candidatos à Copa do Mundo de 2014 e daqueles que indicaram suas cidades como sedes das Olimpíadas de 2016 caíram de pau na nação.

Veja o que dizem os jornais estrangeiros:



O diário espanhol afirma que "dois policiais brasileiros morreram hoje após ser derrubado o helicóptero em que estavam e que participavam de uma operação contra o narcotráfico do Rio de Janeiro".

Segundo o "El País", ao menos outras três pessoas morreram nos confrontos, oito ficaram feridas e dez ônibus foram queimados nos confrontos entre a polícia e os traficantes.



O jornal norte-americano diz que "traficantes de drogas derrubaram um helicóptero policial e mataram dois oficiais em um estouro da violência relacionada a drogas apenas duas semanas após a cidade vencer a disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Três suspeitos de tráfico de drogas também foram mortos."

De acordo com o jornal, "oficiais não sabiam se as gangues miraram no helicóptero ou se foi atingido por balas perdidas, mas a dramática queda do helicóptero acontece apenas duas semanas depois que o Rio ganhou os Jogos Olímpicos de 2016, apesar das preocupações com a segurança que tem atormentado a segunda maior cidade do Brasil por décadas."



O jornal britânico afirma que "a aeronave fez um pouso forçado na favela morro dos Macacos depois que o piloto foi baleado na perna, mas depois pegou fogo com dois policiais ainda dentro. Dois outros, incluindo o piloto, conseguiram escapar".

Segundo o jornal, uma batalha selvagem começou então enquanto mais de cem policiais, protegidos por veículos blindados e forças especiais, entraram na área para retomar o controle. Ao menos outras sete pessoas morreram durante os confrontos --quatro deles encontrados mortos em um carro-- e oito ficaram feridos enquanto a violência se espalhava, de acordo com reportagens de jornais brasileiros.

O jornal britânico diz que "duas semanas após o Rio de Janeiro celebrar a vitória na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, a cidade brasileira enfrentava uma intensa batalha em uma das maiores favelas da cidade e um helicóptero foi derrubado, matando dois policiais".

De acordo com o jornal, a violência foi intensa até para os padrões do Rio. O jornal afirma que este confronto mostra os desafios que as autoridades locais têm que enfrentar enquanto tentam melhorar a segurança antes que a cidade sedie a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.



O jornal afirma que "traficantes de drogas derrubaram um helicóptero da polícia e mataram dois policiais em um confronto violento apenas duas semanas após a cidade vencer a disputa para sediar os Jogos olímpicos de 2016".

sábado, 17 de outubro de 2009

Major responsável por resgate de refém em Vila Isabel foi ferido em guerra de traficantes


RIO - O Major PM João Jaques Busnello, 39 anos, lotado no 6° BPM/Tijuca que foi responsável pelo recente resgate de uma refém de um assalto em Vila Isabel, foi ferido na perna no confronto entre traficantes do Morro dos Macacos e do Morro São João. Apesar de estar de folga, ele teria ido reforçar a ação. Busnello, que é gaúcho da cidade de Iraí foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio. Seu estado de saúde não foi informado.



Em setembro, a comerciante Ana Cristina Garrido, de 48 anos, passou cerca de 40 minutos em poder de um bandido na Rua Pereira Nunes, em Vila Isabel. Depois de horas de negociação, o bandido saiu da farmácia com a refém e andou alguns metros quando um atirador de elite, o major Busnello, chefe da 3ª Seção do 6º BPM (Tijuca), aproveitou o momento em que a refém desmaiou e fez um disparo de fuzil. O bandido foi baleado na cabeça e morreu na hora.


O major Busnello, que foi muito aplaudido pelos moradores da região depois da ação, estava a uma distância de 40 metros do bandido. Na ocasião, ele contou que já estava posicionado havia uma hora e meia, em local que ele não quis informar, acompanhando o desenrolar do caso. A partir do momento que recebeu uma ordem do comandante, coronel Fernando Príncipe (ex-Comandante do BOPE), ele aproveitou a oportunidade para fazer o disparo.

Busnello contou ainda que, em tese, o disparo neste momento é difícil porque a vítima pode reerguer a cabeça rapidamente. Ele disse ainda que foi a primeira vez que fez disparo como atirador de elite no 6º BPM. O major fez cursos de tiro no Bope, na Polícia Federal, na Aeronáutica, em Brasília, e também em Canoas, no Rio Grande do Sul.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Especial Armas de Fogo - Desert Eagle


Saudações a todos os admiradores e curiosos do mundo das armas de fogo… Nesta edição do nosso Especial Armas de Fogo vamos falar da lendária Desert Eagle (águia do deserto, em inglês). Fabricada atualmente em Israel pela Magnum Research, a Desert Eagle ficou famosa por suas aparições em Hollywood e em games de notoriedade mundial. Exemplo clássico é a portada pelo Agente Smith, em Matrix:



A Desert Eagle é conhecida entre os especialistas como “canhão de mão”, isso porque a Magnum desenvolveu nessas pistolas – todas semi-automáticas – um mecanismo de operação totalmente a gás, semelhante ao utilizado pelo Fuzil M-16, impulsionando calibres robustos, como o .44 Magnum, o .357 Magnum e o mais surpreendente de todos, o .50 Magnum Action Express. Nesse mecanismo de operação os gases liberados pelo disparo são conduzidos por um pequeno orifício situado à frente da câmara, de forma a exercer pressão para que o ferrolho seja movimentado.
O calibre .50 é especialmente utilizado em armamentos de guerra, pois tem configuração perfurante, explosiva, traçante, incendiária e antiblindagem, com posições de antiaérea, terrestre e naval. Veja abaixo o comparativo entre as munições calibre 9mm, 7,62mm , .357sig, 10mm, .45SW, .45 GAP e .50AE, respectivamente.


A Desert Eagle não é indicada para uso policial. Seu poder de destruição, notadamente quando nos referimos ao calibre .50 é muito pesado para o combate urbano. Podemos dizer que trata-se de um armamento para admiradores dos limites que as armas de fogo podem alcançar, já que calibres tão poderosos geralmente não são desenvolvidos para armas curtas como a Desert Eagle. Colecionadores e atiradores profissionais não podem se definir como tal se nunca tiveram contato com esse mito – que além de potente, é belíssima.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

MST: até quando?


Há dois tipos de brasileiros. No primeiro grupo, o da esmagadora maioria, estão os que vivem sob o império da lei e que têm de responder à Justiça caso cometam crimes. No segundo, o de uma minoria tão ruidosa quanto deletéria, estão os integrantes do bando armado conhecido como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Eles invadem, depredam, aterrorizam, roubam, furtam, ameaçam e matam, sem que o estado os detenha com sua mão forte e, o que é pior, sob os auspícios de funcionários estatais e padrecos de passeata que rezam pela mesma cartilha marxista.
Sem nenhum tipo de freio, o MST cometeu, na semana passada, mais uma ação criminosa: depredou uma fazenda no interior de São Paulo, de propriedade da empresa Cutrale, gigante do agronegócio brasileiro que dá emprego direto a milhares de pessoas e propicia, por meio de exportações de suco de laranja, a entrada de milhões de dólares no país. Para a Cutrale, o prejuízo foi de 3 milhões de reais. Para o Brasil e sua imagem perante a comunidade internacional, o prejuízo é incalculável.
O MST é comandado por agitadores profissionais que, a pretexto de lutar por reforma agrária, se valem de uma multidão de desvalidos como massa de manobra para atingir seus objetivos financeiros. Sua arma é o terror contra fazendeiros e também contra os próprios assentados que se recusam a cumprir as ordens dos chefões do movimento e a participar de saques e atos de vandalismo.
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Agricultura revela o fracasso do modelo de reforma agrária do MST. Até quando esse proselitismo enganoso e facínora continuará a causar danos e vítimas? Até que o estado resolva de fato exercer seu papel de mantenedor da legalidade e da ordem cortando o oxigênio do MST, promovendo políticas assistenciais e educaionais entre os marginalizados que cedem ao canto da sereia dos líderes do bando. Tal é a resposta esperada pelos brasileiros que vivem sob o império da lei.