Presidente do Cpers diz que ação da BM em frente à casa de Yeda foi truculenta

Vereadora do PSOL também reclamou da ação policial.

A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, relatou na manhã desta quinta-feira, na Rádio Gaúcha, que a resposta da Brigada Militar (BM) à manifestação em frente à casa da governadora Yeda Crusius, em Porto Alegre, foi truculenta. Para a dirigente, "a Brigada estava com disposição de agredir os manifestantes".

— Estamos de fato muito espantados com o comportamento do governo. Fomos em frente à casa em uma atividade pacífica. A polícia e o Batalhão de Choque foram ao local para tirar a gente da calçada. Nos tiraram da calçada, depois da rua, e fomos para outra rua. Eles empurraram, trataram muito mal. Aí um policial me algemou, me colocou dentro de um camburão e fui levada à 14ª DP — contou Rejane, que após acabou encaminhada ao Palácio da Polícia.

A vereadora do PSOL Fernanda Melchionna também reclamou da ação da BM. Ela afirmou à Rádio Gaúcha que não sabia por que foi levada à 14ª Delegacia de Polícia e depois à Área Judiciária do Palácio da Polícia.

— A manifestação foi duramente reprimida de maneira violenta pela Brigada Militar. A população deve estar se perguntando se estamos vivendo sob ditadura militar. Fomos detidos, enquanto quem deveria ser enquadrada é a governadora Yeda Crusius — afirmou.

O delegado Leonel Baldasso Pires explicou que a detenção ocorreu porque houve desobediência e resistência por parte de manifestantes. Ainda serão apurados os crimes de perturbação do sossego e dano — a um jardim da propriedade da governadora, situada na Rua Araruama, no bairro Vila Jardim.

Os detidos seriam ouvidos e depois liberados, conforme Baldasso. Todos devem assinar termos circunstanciados, salientou o delegado. São eles a presidente do Cpers, a vice Neida Oliveira, um fotógrafo da entidade, um filiado ao Sindicaixa e o motorista do caminhão que levou a réplica de uma escola de lata ao local do protesto.

Por volta das 11h, o grupo fez exame de corpo delito. Rejane afirmou que teve mãos e braços machucados e um dente quebrado. Um soldado da BM também ficou ferido na confusão, com um corte no rosto, segundo Baldasso.

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