segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Os Embalos de Sábado à Noite

Foto: Sgt Márcio/4° BPM

Dirigir um veículo seja ele qual for realmente não é para qualquer um. E isso está cada vez mais provado. Basta olhar as notícias nos jornais e na TV ou simplesmente sair com nossos carros às ruas. O que se vê é um verdadeiro festival de imprudência e desrespeito com as normas mínimas de segurança no trânsito.
Durante o dia ou à noite, a sensação de impunidade faz com que diversos motoristas transformem seus carros em armas, desrespeitando outros motoristas e pedestres. Cruzar o sinal fechado, avançar a preferencial, parar ou estacionar sobre a faixa de pedestres, excesso de velocidade, entre outras, parece que já virou até uma cultura entre os infratores.
O pior ocorre aos finais de semana, principalmente sábado à noite, quando a maioria, por saber que não terá de acordar cedo no dia seguinte, sente-se à vontade e o pior, no direito de “encher a cara” e sair dirigindo pondo em risco a própria vida e a de inocentes, fato este que combinado com a grande concentração de pessoas na rua, aumenta consideravelmente o risco de acidentes.
Eu pessoalmente tenho percebido um aumento considerável nas ocorrências de trânsito, principalmente aquelas com lesões corporais nos últimos dias em Pelotas. No último sábado foram muitas as pessoas que deram entrada no Pronto Socorro vítimas de lesões em decorrência de acidentes com veículos. E na minha pessimista previsão, acho que a tendência é piorar cada vez mais, principalmente por causa do aumento constante de veículos nas ruas, em virtude da grande facilidade de aquisição.
E de quem é a culpa? A resposta é simples: Todos são culpados por este caos. Leis brandas e garantistas feitas por um congresso corrupto, ruas e estradas em péssima situação, pouquíssimo investimento em segurança, falta de efetivo e equipamentos para a polícia e imprudência, negligência ou imperícia por parte de motoristas despreparados psicológica e tecnicamente para dirigir.
Somente com leis duras, sem esse garantismo excessivo, sem previsão de fiança, perda imediata e irrevogável do carro em favor do estado em caso de flagrante de crimes como embriaguês ao volante, rachas e homicídios na direção de veículo, aumento dos efetivos policiais, um ciclo completo de polícia para as Polícias Militares e Polícia Rodoviária Federal (este vai ser outro assunto), um salário digno e motivador, educação para o trânsito como matéria obrigatória do currículo escolar desde a 3ª série pelo menos seriam, quem sabe, o início para que possamos melhorar o trânsito e poupar vidas.

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