sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A Polêmica das Privatizações

Sempre em época de eleição presidencial, o PT ressuscita a discussão sobre privatização. Vejo também aqui em nosso site discussões a respeito. Por esse motivo resolvi discorrer sobre o tema e o que penso dele.

Fomos doutrinados a abominar as privatizações. Sempre diziam que o patrimônio era do povo e não poderia ser entregue de mão beijada para a iniciativa privada.

Defender empresas em mãos do governo tem raízes socialistas. No socialismo o governo toma conta de tudo, inclusive da vida do cidadão, cerceando sua liberdade. Esse modelo não deu certo em lugar nenhum. E por incrível que pareça tem gente que o defende ainda.

Vou iniciar com uma pergunta: o que eu, você, cidadãos comuns ganhamos com a Petrobrás, por exemplo, em ser do governo? Respondo: Não ganhamos nada. Se eu e você não ganhamos nada, logo podemos dizer que ela não é nossa.

O que justifica a Petrobrás ser “do povo” e praticar um dos maiores preços de gasolina do mundo? Propagaram aos quatro ventos que o Brasil é auto suficiente em petróleo e ainda pagamos quase 3 reais por 1 litro de gasolina. Que empresa do povo é essa? Os americanos que são ricos, não são auto suficientes em petróleo e pagam gasolina mais barata que a nossa. E a gasolina deles é pura. Não é misturada com álcool como a nossa.

O que esperar de empresas cuidadas pelos governos? Os governos representam partidos, partidos representam pessoas. O que vemos são estatais abarrotadas de cargos, na maioria das vezes por pessoas que não entendem bulhufas do setor. Isso implica em ineficiência dessas empresas e conseqüente prejuízo.

Vejo ainda e constantemente, pessoas chorando as pitangas pela privatização da Vale do Rio Doce. A Vale antes de ser privatizada era um verdadeiro cabide de empregos. Não investia, dava pouco lucro e pagava poucos impostos. Diferente de hoje. Vamos fazer uma breve análise do que era a Vale antes e depois de privatizada:

Em 1997 a Vale pagava em impostos US$ 211 milhões em impostos. Hoje a Vale deixa nos cobres públicos a bacatela de US$ 4 bilhões, ou seja, 18 vezes mais. Seu valor de mercado saltou de 10,5 bilhões para 61,9 bilhões de dólares. Receita de US$ 4,97 bilhões para US$ 38,5 bilhões. Investimento de US$ 604 milhões para US$ 6,7 bilhões. A produção triplicou de 100 milhões de toneladas para 301 milhões de toneladas.

E finalizando empregos de míseros 10.900 para 56.000. "A Vale comprou 16 empresas no Brasil e no exterior. Fez parcerias com a China. Prospectou negócios na África. Em 2006, comprou a canadense Inco por US$ 13 bilhões (maior negócio já feito por uma empresa latino-americana). Além disso, explora outros metais e até energia elétrica."

Se o Estado mal cuida da saúde, segurança e educação de seu povo, como esperar que o Estado gerencie empresas?

“A CSN – Companhia Siderúrgica Nacional nos mostra o impacto positivo nas finanças públicas após sua privatização. Antes da venda ocorrer, a empresa pagava R$ 128 milhões de impostos, passando a R$ 208 milhões depois de ser privatizada. Além disso, com a privatização ela deixou de dar prejuízo e passou a gerar um lucro anual médio de R$ 232 milhões.”

O setor de telecomunicações, o Brasil deu um salto extraordinário. Há cerca de 15 anos atrás para se conseguir uma linha de telefone era preciso entrar numa na maldita fila da linha de expansão e esperar. O telefone era até declarado em imposto de renda como se fosse um bem. Hoje a maioria esmagadora da população tem o celular pessoal.

Como ser contra a políticas que beneficia e melhora a vida das pessoas apenas por convicção ideológica?
“Assim, se o impacto inicial das privatizações produzia em todos o medo de termos nossa economia nas piores mãos, o tempo demonstrou que a decisão foi, senão a mais acertada, aquela que gerou melhores lucros – inclusive para o Poder Público. “

Em tempo: Já que o PT é tão contra a privatização, porque não reestatizaram a Vale do Rio Doce, a CSN e o sistema de telefonia como fez o cocaleiro Evo Morales presidente da Bolívia ao estatizar até as refinarias da Petrobrás? Duvido que apareça alguém para responder...


SD  Almança
Com dados e colaboração dos texto de Victor de Araujo Esteves Bacharel em Economia, pela FACEV/FAA

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