A Brigada Militar começou a agir para acabar com a guerra entre os flanelinhas cadastrados pela prefeitura e os clandestinos, na Capital. Ontem, 122 pessoas, acusadas de achacar motoristas na área central, foram levadas para o posto do 9º BPM na Rua José Montaury. Ao checar os nomes no banco de dados da polícia, os PMs ficaram surpresos: todos tinham antecedentes, a maioria por furto, roubo ou posse de drogas.
Na terça-feira, uma reportagem do Diário Gaúcho mostrou que os guardadores legalizados pela prefeitura estão sendo ameaçados por flanelinhas ilegais.
- Homem tinha pedras de crack
Um dos homens detidos ontem cumpre pena no regime semiaberto do Albergue Pio Buck, e aproveitou o dia do passeio (uma vez por mês, alguns presos têm esse benefício) para atuar como guardador de carros. Outro flanelinha irregular foi flagrado com seis pedras de crack e conduzido à 3ª DPPA – até a noite de ontem, a polícia não havia definido se ele seria liberado ou preso por tráfico.
- Brigada deu orientações
– Alguns atuam ainda como olheiros para ladrões, avisando onde estão as pessoas e os carros com mais bens – informou o comandante do Pelotão de Operações Especiais (Poe) do 9º BPM, capitão Miguel Godoy.
Todos os guardadores ilegais foram orientados pela Brigada Militar a procurar a cooperativa da categoria (Cooperamplo), para que sejam cadastrados e possam exercer a função. Depois, foram liberados.
- Operação continua
Conforme o comandante da 1ª Cia do 9º BPM, major Lúcio Alex Ruzicki, foi feita uma lista com os nomes dos detidos ontem. Quem for pego de novo agindo como flanelinha e não estiver regulamentado, será detido por exercício ilegal da profissão e encaminhado à Polícia Civil.
– Muitos pegam dinheiro dos motoristas e, em seguida, vão comprar drogas. Evitando a ação deles, estamos combatendo o tráfico, uma de nossas prioridades – disse o major Ruzicki.
As abordagens continuarão durante essa semana.
- Queremos ajudar”
Diretor-administrativo da Cooperativa de Auxílio Amplo (Cooperamplo), o guardador Joel Marco Pereira afirma que a entidade quer ajudar os flanelinhas a se legalizarem. Uma das exigências é ter ficha limpa.
– Quem trabalha direitinho, é só nos procurar que será cadastrado. Queremos ajudar. O que não fazemos é deixar entrar bandido. Como vamos autorizar a ser flanelinha alguém que responde por roubo de veículos? – indaga Joel.
Para garantir trabalho aos 180 membros cadastrados, a entidade criou um rodízio. Hoje, às 18h, a cooperativa realiza assembleia no Parque Harmonia.
Reconheça o guardador legalizado
- Ele usa uniforme com logotipo da Cooperamplo
- Ostenta, em lugar visível, o crachá, com nome e foto
- Ele não pode estabelecer valores – cada motorista paga o que achar justo
Fonte: Informações e reclamações: na sede da Cooperamplo (Avenida Farrapos, 334, Bairro Navegantes), pelo e-mail cooperamplo@gmail.com ou pelo telefone 3286-3578
DIÁRIO GAÚCHO
quando será que a gloriosa vai agir aqui em Pelotas também? É uma vergonha a vagabundagem do semi-aberto "trabalhando" no centro da cidade nas barbas do 4ºBPM sem uma ação mais ostensiva por parte do batalhão.
ResponderExcluir