quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Brigada Militar detém 122 flanelinhas ilegais em Porto Alegre


A Brigada Militar começou a agir para acabar com a guerra entre os flanelinhas cadastrados pela prefeitura e os clandestinos, na Capital. Ontem, 122 pessoas, acusadas de achacar motoristas na área central, foram levadas para o posto do 9º BPM na Rua José Montaury. Ao checar os nomes no banco de dados da polícia, os PMs ficaram surpresos: todos tinham antecedentes, a maioria por furto, roubo ou posse de drogas.

Na terça-feira, uma reportagem do Diário Gaúcho mostrou que os guardadores legalizados pela prefeitura estão sendo ameaçados por flanelinhas ilegais.

- Homem tinha pedras de crack

Um dos homens detidos ontem cumpre pena no regime semiaberto do Albergue Pio Buck, e aproveitou o dia do passeio (uma vez por mês, alguns presos têm esse benefício) para atuar como guardador de carros. Outro flanelinha irregular foi flagrado com seis pedras de crack e conduzido à 3ª DPPA – até a noite de ontem, a polícia não havia definido se ele seria liberado ou preso por tráfico.

- Brigada deu orientações

– Alguns atuam ainda como olheiros para ladrões, avisando onde estão as pessoas e os carros com mais bens – informou o comandante do Pelotão de Operações Especiais (Poe) do 9º BPM, capitão Miguel Godoy.

Todos os guardadores ilegais foram orientados pela Brigada Militar a procurar a cooperativa da categoria (Cooperamplo), para que sejam cadastrados e possam exercer a função. Depois, foram liberados.

- Operação continua

Conforme o comandante da 1ª Cia do 9º BPM, major Lúcio Alex Ruzicki, foi feita uma lista com os nomes dos detidos ontem. Quem for pego de novo agindo como flanelinha e não estiver regulamentado, será detido por exercício ilegal da profissão e encaminhado à Polícia Civil.

– Muitos pegam dinheiro dos motoristas e, em seguida, vão comprar drogas. Evitando a ação deles, estamos combatendo o tráfico, uma de nossas prioridades – disse o major Ruzicki.

As abordagens continuarão durante essa semana.

- Queremos ajudar”

Diretor-administrativo da Cooperativa de Auxílio Amplo (Cooperamplo), o guardador Joel Marco Pereira afirma que a entidade quer ajudar os flanelinhas a se legalizarem. Uma das exigências é ter ficha limpa.

– Quem trabalha direitinho, é só nos procurar que será cadastrado. Queremos ajudar. O que não fazemos é deixar entrar bandido. Como vamos autorizar a ser flanelinha alguém que responde por roubo de veículos? – indaga Joel.

Para garantir trabalho aos 180 membros cadastrados, a entidade criou um rodízio. Hoje, às 18h, a cooperativa realiza assembleia no Parque Harmonia.

Reconheça o guardador legalizado

- Ele usa uniforme com logotipo da Cooperamplo

- Ostenta, em lugar visível, o crachá, com nome e foto

- Ele não pode estabelecer valores – cada motorista paga o que achar justo

Fonte: Informações e reclamações: na sede da Cooperamplo (Avenida Farrapos, 334, Bairro Navegantes), pelo e-mail cooperamplo@gmail.com ou pelo telefone 3286-3578



DIÁRIO GAÚCHO

Um comentário:

  1. quando será que a gloriosa vai agir aqui em Pelotas também? É uma vergonha a vagabundagem do semi-aberto "trabalhando" no centro da cidade nas barbas do 4ºBPM sem uma ação mais ostensiva por parte do batalhão.

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