quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Deputados tremem diante da pressão e esvaziam DE NOVO a Assembléia



O governo sofreu novo revés na Assembleia Legislativa, na tarde de hoje(16/12). Repetindo estratégia da sessão anterior, a bancada governista retirou-se evitando a votação e derrota das propostas do Executivo. Além de impedir a tramitação do pacote, a ABAMF e a ASSTBM conquistaram mais um deputado, que garantiu voto contrário a proposição do governo.

A ABAMF e a ASSTBM estarão novamente na Legislativo amanhã(17/12), às 14h, acompanhando os trabalhos. É importante que os brigadianos permaneçam atentos, pois uma falta de atenção pode significar a aprovação dos projetos às pressas, uma vez que o governo fez o pacote em forma de segredo.

As entidades estarão trabalhando dioturnamente para evitar prejuízos aos policiais militares. Os brigadianos devem comparecer a Assembleia Legislativa amanhã (17/12), a fim de assegurar que os parlamentares apoiarão a categoria para garantir a derrota do projeto que aumenta a previdência, mas não o salário.

A governadora Yeda Crusius cabe a ordem de retirada dos projetos e negociação com os PMs, que desenvolvem um serviço de qualidade, mas que possuem o pior salário do Brasil.
A Revista Época on line (29/11) destacou o RS como estado onde o PM recebe a menor remuneração do País. Leia abaixo trecho da reportagem.

Para discutir a relação entre o salário do policial e a segurança pública, ÉPOCA realizou um levantamento para verificar quanto ganha um policial militar no início da carreira. Os valores mostram que a realidade dos policiais varia muito de Estado para Estado. Para soldados em início de carreira, a diferença entre o salário mais alto (DF) e o salário mais baixo (RS) é de mais de R$ 2.700. O Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro pagam os piores salários: R$ 1.138,17 e R$ 1.277,67, respectivamente. A média nacional é R$ 1.814,96.

Nos dois Estados, representantes do governo reconheceram o problema, mas atribuíram os baixos salários à política de governos anteriores. “Durante muitos anos o Rio Grande do Sul deu reajustes maiores a servidores que já eram bem remunerados, em detrimento de categorias como a segurança e o magistério, que correspondem a 90% do funcionalismo”, afirma Mateus Bandeira, secretário do Planejamento do Rio Grande do Sul.

A aprovação desses projetos significa permanecer como a PM mais mal paga do Brasil, pois essa é a única realidade que o pacote Yeda oferece aos soldados, sargentos, tenentes e capitães da Brigada Militar.

É NÃO AO PACOTE. TODOS LÁ

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Piratini diz que brigadianos são servidores civís como os demais

Foi o que disse o Chefe da Casa Civil do Estado, Otomar Vivian, segundo página da Zero Hora na internet (confira aqui).

Otomar Vivian falou que algumas mudanças poderão ser feitas nos projetos do governo enviados à Assembléia Legislativa mudando contribuição previdenciária e remuneração da Brigada Militar, embora não diga quais, para que sejam aprovados ainda este ano.

Por analogia, devemos entender então que de acordo com  o governo do estado, passamos a ter além da obrigação de contribuir com 11% para a previdência, o direito à greve, e à sindicalização, exercer o comércio, participar de protestos, etc. Além de não precisarmos mais viver sob as rédeas da hierarquia militar, sem prisões e/ou detenções administrativas, bem como dispensar todas e quaisquer manifestações de caráter militar.

Nosso Estatuto acabou de ser "rasgado" pelo Senhor Otomar Vivian. Só não sei ainda se devemos agradecer ou lamentar, porque ainda não pesei os prós e os contras.

Das duas, uma: ou a página da Zero Hora está com um grave erro na sua edição, ou o Senhor Chefe da Casa Civil, Otomar Vivian pensa que nós, POLICIAIS MILITARES da BRIGADA MILITAR DO ESTADO somos todos bitolados e que aceitaremos calados esse absurdo. Prefiro sinceramente acreditar na primeira opção.

sábado, 12 de dezembro de 2009

"Tropa de Elite 2" começa a ser rodado em janeiro, diz produtor


Capitão Nascimento está de volta. Wagner Moura assume novamente o papel que se transformou num ícone do cinema nacional no policial "Tropa de Elite" (2007). Segundo o produtor Marcos Prado, sócio do diretor José Padilha, a continuação começa a ser rodada em janeiro.

"O roteiro está praticamente pronto e recebendo os últimos retoques", explicou Prado ao UOL Cinema por telefone. O filme é assinado apenas por Bráulio Mantovani ("Linha de Passe"), ao contrário do primeiro, que contou com um time de roteiristas - inclusive Padilha. Prado também confirma que o elenco será o mesmo, incluindo André Ramiro, como Matias, e Fernanda Machado, como sua namorada.

O ator Wagner Moura iniciou preparação especial, com aulas de jiu-jítsu e vale-tudo, para viver novamente o Capitão Nascimento, no filme "Tropa de Elite 2", informou a coluna Radar, de Lauro Jardim, publicada na revista "Veja" desta semana.

As aulas serão dadas por Rickson Gracie, que mora nos Estados Unidos, e é um dos principais nomes da lendária família de lutadores.

Embora a história ainda seja sigilosa, Prado adianta que "Tropa de Elite 2" se passa nos tempos atuais. "Queremos abordar o que acontece com o capitão Nascimento 12 anos depois de abandonar o BOPE, como uma pessoa fica depois de sair da corporação".

O sucesso de "Tropa de Elite", no entanto, não garantiu facilidade para captar a verba de produção da sequência. "No primeiro filme, ninguém queria investir, porque era um filme que falava mal da polícia. Agora, é menos difícil achar investidores, mas mesmo assim, não captamos tudo ainda."


Prado ainda não fechou o orçamento de produção do "Tropa de Elite 2", mas acredita que deva ficar em torno do valor do primeiro filme, R$10 milhões. "A nossa intenção é filmar em menos tempo, economizar em alguns aspectos". Além disso, Moura e Mantovani também participam do filme como coprodutores. "Eles reduziram parte do cachê e receberão, então, um pouco da bilheteria do filme".

A ideia original era de "Tropa de Elite 2" ser uma série para a televisão, mas Prado disse que o resultado poderia ser superficial. "No cinema podemos abordar a atualidade de forma mais profunda com assuntos mais complexos, mais densos".


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Brigada Militar detém 122 flanelinhas ilegais em Porto Alegre


A Brigada Militar começou a agir para acabar com a guerra entre os flanelinhas cadastrados pela prefeitura e os clandestinos, na Capital. Ontem, 122 pessoas, acusadas de achacar motoristas na área central, foram levadas para o posto do 9º BPM na Rua José Montaury. Ao checar os nomes no banco de dados da polícia, os PMs ficaram surpresos: todos tinham antecedentes, a maioria por furto, roubo ou posse de drogas.

Na terça-feira, uma reportagem do Diário Gaúcho mostrou que os guardadores legalizados pela prefeitura estão sendo ameaçados por flanelinhas ilegais.

- Homem tinha pedras de crack

Um dos homens detidos ontem cumpre pena no regime semiaberto do Albergue Pio Buck, e aproveitou o dia do passeio (uma vez por mês, alguns presos têm esse benefício) para atuar como guardador de carros. Outro flanelinha irregular foi flagrado com seis pedras de crack e conduzido à 3ª DPPA – até a noite de ontem, a polícia não havia definido se ele seria liberado ou preso por tráfico.

- Brigada deu orientações

– Alguns atuam ainda como olheiros para ladrões, avisando onde estão as pessoas e os carros com mais bens – informou o comandante do Pelotão de Operações Especiais (Poe) do 9º BPM, capitão Miguel Godoy.

Todos os guardadores ilegais foram orientados pela Brigada Militar a procurar a cooperativa da categoria (Cooperamplo), para que sejam cadastrados e possam exercer a função. Depois, foram liberados.

- Operação continua

Conforme o comandante da 1ª Cia do 9º BPM, major Lúcio Alex Ruzicki, foi feita uma lista com os nomes dos detidos ontem. Quem for pego de novo agindo como flanelinha e não estiver regulamentado, será detido por exercício ilegal da profissão e encaminhado à Polícia Civil.

– Muitos pegam dinheiro dos motoristas e, em seguida, vão comprar drogas. Evitando a ação deles, estamos combatendo o tráfico, uma de nossas prioridades – disse o major Ruzicki.

As abordagens continuarão durante essa semana.

- Queremos ajudar”

Diretor-administrativo da Cooperativa de Auxílio Amplo (Cooperamplo), o guardador Joel Marco Pereira afirma que a entidade quer ajudar os flanelinhas a se legalizarem. Uma das exigências é ter ficha limpa.

– Quem trabalha direitinho, é só nos procurar que será cadastrado. Queremos ajudar. O que não fazemos é deixar entrar bandido. Como vamos autorizar a ser flanelinha alguém que responde por roubo de veículos? – indaga Joel.

Para garantir trabalho aos 180 membros cadastrados, a entidade criou um rodízio. Hoje, às 18h, a cooperativa realiza assembleia no Parque Harmonia.

Reconheça o guardador legalizado

- Ele usa uniforme com logotipo da Cooperamplo

- Ostenta, em lugar visível, o crachá, com nome e foto

- Ele não pode estabelecer valores – cada motorista paga o que achar justo

Fonte: Informações e reclamações: na sede da Cooperamplo (Avenida Farrapos, 334, Bairro Navegantes), pelo e-mail cooperamplo@gmail.com ou pelo telefone 3286-3578



DIÁRIO GAÚCHO

sábado, 5 de dezembro de 2009

Desabafo de um Oficial do Exército (assina embaixo)

Companheiros, solicito a todos que leiam com muita atenção a este "desabafo/depoimento" de um Oficial do Exército Brasileiro:

"..........Companheiros,

Há tempos que me controlo em me expressar e dizer o que realmente sinto. Basta! Ou escrevo ou tenho um câncer. Estamos vivendo num país onde os ricos são amigos dos poderosos e nunca são lesados ou punidos. os poderosos são ricos e entram na regra anterior.. Fazem e acontecem e nada acontece!!! Por outro lado os pobres e miseráveis, na maioria ignorantes, a verdade seja dita, já estão comprados pelo governo (PT) com suas bolsas, auxílios, esmolas, etc. a classe média só se fode. Banca os impostos dos ricos e as esmolas dos pobres.

Eu sou descontado em folha de r$ 17.000,00 por ano só de imposto de renda, fora IPTU, IPVA, TAC, IOF, IPQP.... Alguém paga isto de livre e espontânea vontade ao leão? Leio os jornais e ouço os noticiários e é só desgraça, corrupção, falcatrua e não acontece nada!!!!!

Será que a coisa tá ruim mesmo ou eu que sou muito pessimista? Os políticos inclui-se aí o presidente, 99% do senado, 99,9% do congresso, estão cagando pra hora do brasil, querem é se dar bem fazer caixa e eternizar a curriola, revelando e apadrinhando mais fdp para estuprar a pátria amada, embarrigá-la e abandonar o filho feio. E a violência? Todos sabem que esta vem, em grande parte, motivada pelo tráfico de drogas. Se abafarem as entradas da droga ela não chega aos grandes centros e a criminalidade é asfixiada. por quê não fazem isso? Porque grande parte dos políticos tem seus tentáculos depositados sobre o tráfico ou vice-versa. Aí um tenente, formado pelo melhor estabelecimento universitário do país, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) na qual tive orgulho em me formar em 1989, é colocado numa favela, devido a conchavos políticos, com a participação do exército brasileiro (meu Deus!), é submetido a horas de patrulha no morro da providência, tendo que liderar seu pelotão e controlar seus homens. Este tenenete deve ter engolido a seco várias e várias provocações de muitos marginais e subprodutos do crime, até que, como todo ser humano, aloprou e fez o que fez.

A forma foi certa? Não, claro que não, mas aqueles garotos (se é que se pode chamar assim) mas cedo ou mais tarde iriam morrer, seguindo as estatísticas das vítimas do tráfico, e não deviam ser boa coisa não para provocar o exército. Eu estive lá na Providência, em março, com o 25º Batalhão de infantaria pára-quedista (25º BIPQDT) e vi a situação a que eram submetidos meus soldados. É muito fácil para qualquer um, de longe, cheiroso e sob um ar condicionado crucificar tal oficial, mas guerra é guerra. Sou carioca de Bonsucesso mas reconheço que o Rio está numa guerra e estão colocando tropas no olho do furacão. Lembro, o tenente é um acadêmico, outros universitários só vão à favela para participar de ong sem vergonha e fumar maconha. O tenente estava trabalhando. Se eu solto meu filho de 10 anos numa loja de louças chinesas e ele quebra um vaso caro a culpa é só dele? Foi deprimente ver na televisão aquela visita do ministro da defesa à família de uma das 'vítimas', mais deprimente foi ver a cara de algumas 'autoridades' que o acompanhavam, cordeirinhos! Enquanto isso cadê o General Heleno que só falou a verdade? Vários medicamentos baseados em substâncias que só encontramos na amazônia são de patentes estrangeiras. O açaí é de patente japonesa!!!!!!!!!!!!!!!!

Gringos compram pedaços daquela terra a preço de banana. Tem é político graúdo roubando feio e levando vantagens, mais uma vez, cagando pra hora do Brasil. Como sou militar, de tropa, sem sangue azul, sem me preocupar em me dar bem com missões 'boca boa', sem ser carreirista, sempre sincero com superiores e leal com subordinados, já sei como agir, nossa profissão é meio de vida e não meio de morte, cada vez mais serei corporativista, aos militares tudo o resto que se f.....

Como subcomandante exijo que o batalhão cumpra horários, mas o libero na hora certa. Estamos acostumados a cumprir a missão a qualquer custo sem meios, sem dinheiro, etc... Desde que entrei no exército ouço que somos pobres, até quando? Faltam pouco mais de seis anos para que eu vá para a reserva e nada mudou. Vai mudar? Não creio. Num país onde bilhões são desviados para bolsos de safados e ilhas iscais, temos que engolir que não há dinheiro para as forças armadas. E tem gente que engole ou finge que engole para não se queimar.

Meu compromisso é com minha família e com meus amigos, que me respeitam, com eles não posso me queimar, com o resto? Não estou preocupado. Me dói ver safados chamar o período de 1964 a 1985 de ditadura, vê-los receber indenizações como vítimas dele, vê-los nos achincalhar, pisar, submeter e humilhar, vê-los no poder nos olhando com soberba. Me enfarta vê-los serem agraciados com medalhas do pacificador. Eu, que tenho quase 20 anos só na tropa, destes, 10 anos na brigada pára-quedista, nunca fui punido, sempre fui leal ao exército. O José Genoíno, neste universo, é melhor do que eu. Sabem o que me dói também é ver oficiais da nossa força, que vestem a pele de amantes da instituição, mas na verdade estão preocupados apenas com seu umbigos, em não se queimar.

A razão de ser do exército é a tropa, na hora do pau é esta que vai dar a cara para bater, mas tem oficial que diz que medalha de corpo de tropa é para sargento, que quem é de tropa é burro e fica aí piruando ser instrutor da AMAN, ESAO e ECEME para ganhar pontinhos e pegar 'bocadas', chegam a coronel e general sem ter nem 10 anos de tropa, brincadeira! Depois vão pra Brasília e viram 'ideúdos'. Estou começando a achar que sou otário. Vou ficando por aqui, agradeço a atenção.

Não vou mais engolir sapo, homens têm que ter coragem. Homem não tem medo de homem. Boca é pra falar. Tenho um filho e não quero que ele veja em mim um covarde. Nunca me vendi e nunca me venderei por conveniência, sigo meus princípios. olho nos olhos das pessoas com que falo. Minha única fortuna é o meu caráter. Minha vida é minha família. Desta vida só levamos a família e os amigos. De toda a vida, apenas aqueles que estiverem ao redor de seu túmulo no dia do seu funeral é que valeram a pena, o resto foi o resto!

BRASIL, ACIMA DE TUDO!

MAJOR FREDERICO RAMOS PEREIRA

PQDT NR 56.288..........."

Amigos.... reflitam....

Publicado no fotolog "Navegação Programada" (Ten Cel Licio Maciel).



Quarta-feira, 30 de julho de 2008.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Aprovado Piso Salarial Nacional para PMs e Bombeiros Militares

Com tramitação acelerada e votação em dois turnos, o Senado aprovou nesta quarta-feira, 2, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 41/08, que determina a edição de lei para fixar piso salarial dos policiais civis e militares, incluindo bombeiros militares. O texto, que segue à Câmara dos Deputados, teve em primeiro turno 62 votos a favor, com 55 votos favoráveis às emendas, e em segundo turno 55 votos a favor da proposta com as emendas e 56 a favor de emenda apresentada em Plenário. A emenda de Plenário deixou claro que o piso se aplica a policiais e bombeiros da ativa ou aposentados.

A proposta também estabelece que a União participe no custeio de parte da implantação desse valor, por meio de fundo próprio, formado com receitas tributárias e federais. Em razão de acordo de líderes partidários, a PEC foi votada em um só dia, como tem sido costume no Senado, com a quebra dos interstícios constitucionais que estipulam cinco sessões de discussão em primeiro turno e outras três em segundo turno.

A proposta, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), fora anteriormente aprovada com duas emendas, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A emenda apresentada pelo relator da matéria e presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), reduziu de dois para um ano o prazo para o início da implementação gradual do piso. Resultou também de emenda do relator o ajuste que permite a inclusão os servidores do Corpo de Bombeiros Militares.

Para antecipar o início da aplicação do piso, Demóstenes propôs que o presidente da República deverá baixar ato dando início à sua implementação gradual dentro de um ano após a promulgação da PEC. Assim, a remuneração mínima começará a ser paga mesmo se ainda não tiver sido aprovada a lei que deve regulamentar em definitivo tanto o piso quanto o funcionamento do fundo, que deve complementar o pagamento nos estados sem meios para arcar com a totalidade da nova despesa.

Segundo Demóstenes, os recursos podem começar a ser transferidos aos estados por meio do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), dentro das prioridades estabelecidas pelo Executivo. Ele disse que fez consultas ao Ministério da Justiça para elaborar seu relatório, para que o texto final da PEC tenha condições de ser efetivamente implementado pelo Executivo.

Ao defender a PEC, Renan Calheiros afirmou que nenhum outro problema preocupa tanto a população como a segurança pública. Segundo ele, a estrutura do aparelho policial e os salários dos servidores da área precisam condizentes com o desafio representado pelos altos índices de violência, cabendo também ao Congresso tomar providências para o enfrentamento dessa questão. O senador afirmou que a melhoria salarial terá efeito instantâneo na carreira dos trabalhadores em segurança pública e na diminuição das taxas de criminalidade.

Renan argumentou que “os policiais trabalham um dia e folgam dois, mas como não ganham o suficiente acabam vendendo esses dias para complementar renda e sustentar suas famílias”. Para ele, “isso não pode continuar, e é por isso que esse piso salarial precisa ser especificado por lei”.

Demóstenes também ressaltou a necessidade de apoio às atividades dos policiais civis e militares, o que inclui a garantia de bons salários. Segundo ele, um dos graves problemas da segurança pública, além da estrutura policial arcaica, é a remuneração dos policiais. Em seu parecer, salientou que a falta de remuneração adequada leva os policiais a buscar complementação de renda, trabalhando com segurança privada nos horários de folga. “Essa duplicação da jornada compromete a qualidade do trabalho, quando não a necessária isenção no exercício da autoridade”, afirmou. Para ele, “a remuneração adequada é condição para atrair e manter na carreira profissionais de qualidade, motivados e comprometidos com a segurança pública e o bem-estar do cidadão”.

Discussão

Vários senadores apoiaram a matéria durante sua discussão em Plenário. O senador Mário Couto (PSDB-PA) afirmou ser difícil encontrar alguém que ainda não tenha sido assaltado no estado do Pará. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que sem se resolver a questão salarial não se dará nenhum passo significativo na direção de uma política exitosa de segurança pública no país. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse que a proposta trará dignidade aos policiais e suas famílias.

O senador João Tenório (PSDB-AL) lembrou que a PEC não determina qual será o piso salarial, que deverá ser estipulado em lei. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) afirmou que a resolução do problema da segurança pública garantirá a saúde e a educação para a população brasileira.

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse que é impossível se cobrar segurança com os salários pagos aos policiais. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirmou que a PEC corrige uma injustiça perpetrada com os policiais e os bombeiros.

O senador Osmar Dias (PDT-PR) afirmou que a PEC agora precisa ser rapidamente aprovada na Câmara dos Deputados, pois “com segurança não se brinca”. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) disse que a aprovação da PEC é um passo decisivo para se começar a estruturar melhor as polícias e os corpos de bombeiros nos estados.

O senador Romeu Tuma (PTB-SP) afirmou que a PEC valoriza a carreira policial, assim como o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci). O senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que a PEC estabelece um piso mínimo para as polícias num país que tem tanta desigualdade entre seus estados.

O senador Efraim Morais (DEM-PB) defendeu urgência na aprovação da proposta. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) enfatizou que a PEC cria uma carreira nacional nas polícias e nos bombeiros militares.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) elogiou o alcance da proposta e sua importância para melhorar o trabalho dos policiais. A senadora Marina Silva (PV-AC) afirmou que a aprovação da PEC é fundamental para melhorar a qualidade da segurança pública.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que o Senado marcou uma posição política ao votar a proposta em dois turnos em um só dia. O senador José Nery (PSOL-PA) afirmou que a valorização dos profissionais da segurança pública é parte do compromisso de seu país para a construção de um país melhor.

O senador César Borges (PR-BA) disse que o crime organizado tem de ser derrotado com o estado organizado. O senador José Agripino (DEM-RN) lembrou que o piso para policiais e bombeiros é um salto qualitativo, assim como o piso salarial para o magistério, também aprovado em Emenda Constitucional pelo Congresso Nacional.

O senador Magno Malta (PR-ES) enfatizou a importância da aprovação da PEC para seu estado, assim como o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS). O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) enalteceu os representantes dos policiais presentes à sessão.

O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), na presidência da sessão, afirmou que a PEC faz “a valorização devida” aos policiais e bombeiros. (José Paulo Tupynambá, com informações de Gorette Brandão e Helena Daltro Pontual)

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pesquisa traça o mapa da violência

Os municípios que menos investem em segurança pública são exatamente aqueles que mais expõem seus jovens à violência. A constatação é da pesquisa sobre o Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ) divulgada nesta terça-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Ministério da Justiça, em São Paulo.

Na prática, constata-se que nas cidades onde a vulnerabilidade juvenil é muito alta, a despesa em segurança pública, no ano de 2006, foi de R$ 3.764 por mil habitantes, enquanto os municípios com IVJ baixo aplicaram R$ 14.450 por mil habitantes.

Os dados evidenciam a importância do município na prevenção, principal eixo de atuação do Pronasci. O jovem – segmento altamente vulnerável à violência - foi escolhido como público estratégico do Programa por estar vivendo, à época de sua concepção, as conseqüências da incapacidade doestado brasileiro em garantir as condições para o desenvolvimento da cidadania. Por meio dos projetos e ações do Pronasci - presente em 21 estados, no DF e em109 municípios -, busca-se oferecer oportunidades e garantir direitos, para que os jovens possam participar da construção da vida cidadã do Brasil.

O Programa prioriza justamente os locais apontados pela pesquisa como vulneráveis, investindo em ações específicas para os jovens. Os resultados do estudo mostram a robustez conceitual e a efetividade do Pronasci para aliar a força coercitiva com políticas preventivas no enfrentamento à violência e à criminalidade.

Jovens em risco – O estudo constatou ainda que das 266 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, apenas 10 apresentam um elevado grau de vulnerabilidade dos jovens de 12 a 29 anos à violência. Das cidades com elevada vulnerabilidade dos jovens, nenhuma é capital, embora muitas pertençam a regiões metropolitanas.

Além disso, embora a maioria dos jovens brasileiros tenha baixo risco e histórico de convívio com a violência, quase um terço desse grupo ainda enxerga esse mal como parte do seu cotidiano. Essas são algumas constatações apresentadas em dois trabalhos coordenados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que diagnosticam a exposição do jovem brasileiro à violência, em termos quantitativos e qualitativos. A pesquisa, que utiliza dados do IBGE, integra o "Projeto Juventude e Prevenção da Violência".

De acordo com o levantamento, Itabuna (BA), Marabá (PA), Foz do Iguaçu (PR), Camaçari (BA), Governador Valadares (MG), Cabo de Santo Agostinho (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Teixeira de Freitas (BA), Serra (ES) e Linhares (ES) são os municípios brasileiros com maior vulnerabilidade à violência contra os jovens. Já São Carlos (SP), São Caetano do Sul (SP), Franca (SP), Juiz de Fora (MG), Poços de Caldas (MG), Bento Gonçalves (RS), Divinópolis (MG), Bauru (SP), Jaraguá do Sul (SC) e Petrópolis (RJ) são as cidades brasileiras que registram os menores IVJs.

PEC 41 será votada hoje


PEC 41 será votada hoje (02/12)


Está prevista para esta quarta-feira (02/12), a partir das 15h, a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 41, do Senado, a qual trata da criação de um piso salarial nacional para os policiais e bombeiros militares. Ontem (01/12), o relator da proposta, Senador Renan Calheiros, recebeu os representantes da Associação Nacional de Praças (Anaspra) para uma reunião realizada na sala da liderança do PMDB. Os Deputados Federais Capitão Assumção, Major Fábio e Fátima Bezerra ajudaram a intermediar os diálogos entre os presentes.

Na ocasião, Renan garante que a proposta é prioridade no Senado e possui grandes possibilidades de ser aprovada. Caso isso aconteça, a PEC 300 da Câmara dos Deputados deverá ser apensada, ou seja, vinculada a PEC 41. Durante a reunião, os militares ressaltaram a necessidade de também contemplar os inativos com o piso nacional.

À convite de Renan, todos os representantes da Anaspra participaram da sessão plenária do Senado, sendo recepcionados pelos senadores Aloizio Mercadante e Romeu Tuma. Nos discursos, eles ressaltaram a importância dos profissionais de Segurança Pública e destacaram a presença dos policiais e bombeiros de Pernambuco, Bahia, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Pará, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Roraima e Espírito Santo, divulgando o nome de cada um dos presentes.

Em seguida, os militares participaram de Audiência Pública sobre a PEC 21, a qual trata da desmilitarização. Estavam na mesa de debates, o vice-presidente da Anaspra, Pedro Queiroz da Silva; o presidente da Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Brasil, Abelmídio de Sá Ribas; o representante do Colégio Nacional de Comandantes Gerais, Coronel Miler, e os senadores Tasso Jeressati (presidente da Subcomissão de Segurança Pública) e Jarbas Vasconcelos (relator Geral da Subcomissão).

Durante os debates, todos os Militares Estaduais, praças e oficiais, ressaltaram a necessidade de desmilitarizar as polícias, de investimento em equipamentos de trabalho e valorização do material humano. Ao final da reunião, os representantes da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS – PE) foram conversar com os senadores Tasso e Jarbas, o qual é o relator da PEC 21 na Subcomissão de Segurança Pública, estando nas mãos dele a decisão do encaminhamento da mesma.